Viajando de Porto Alegre
para Brasília, no ano de 1985, tinha como companheira da poltrona ao lado
esquerdo, uma senhorinha de 71 anos, muito educada, que viajava à capital
federal para visitar seu filho, funcionário do Senado.
Era uma doce, educada e
terna mulher, que foi conversando alegremente comigo durante a viagem, e quando
em vez abria sua bagagem de mão e desta tirava uma garrafinha de boa cachaça e
um belo gole bebia.
Nesta conversa franca e
descontraída, a gentil senhora recitou um verso, o qual anotei em uma, hoje
velha folha de papel, a qual guardo com carinho em meu acervo.
Recitou a amável senhora,
cujo nome era Maria Queiroz:
Padre! É para o bem,
Que teu silêncio eu peço.
Padre, inimigo acérrimo da
paz,
A tua batina Padre, eu confesso,
Um rosário de crimes ela
conduz.
Sempre zombastes da
sagrada cruz,
Sempre tolhestes a marcha
do progresso,
Negociante do corpo de
Jesus,
Tu és a perfeição do
retrocesso.
E queres tu, que o povo
brasileiro,
Este gigante intrépido e
altaneiro,
Que glórias conquistou de
armas na mão,
Se curve humilde e
reverentemente,
Ante a batina imunda e
repelente,
Que oculta tantos crimes e
devassidão.
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