Ignaz Semmelweis
A ignorância não está só nas coisas
que desconhecemos, mas reside principalmente no que não queremos saber, não
queremos compreender, não queremos pesquisar, lembrando que o Médico Ignaz
Semmelweis (1818-1865) foi ridicularizado por seus colegas, fizeram piadas,
ofenderam e chamaram-no de louco por ele ter aconselhado aos médicos lavarem as
mãos antes de uma operação, pois mãos sujas contaminavam o paciente e poderia
levar a morte. Isto aconteceu porque muitos são os médicos que não querem
evoluir e ficam nas mesmices do que algum iluminado escreveu ou disse.
Dentro do Hospital de Clinicas, no
início dos anos 80, falei para três médicos que atendiam minha filha que fazia
um teste de esforço em uma esteira, coisa que hoje até uma simples enfermeira
faz, que em 10 ou 15 anos eles seriam considerados carniceiro. Dois do médico
rubros de raiva quase me engoliram com os olhos, quando o terceiro e jovem
médico uruguaio disse que sim, pois muitas operações seriam drasticamente
reduzidas como a retirada do apêndice e outras. Os outros dois engoliram em
seco e nada disseram, mas sei que tinham vontade de me esmurrarem.
Hoje eu vejo com muita descrença
certas afirmações de alguns desses profissionais, que não admitem ouvir,
discutir ou falar sobre certos assuntos polêmicos, pois se acham o suprassumo,
que leram artigos ou livros de alguns “iluminados” e não tem coragem de
contestar e buscar um novo conceito. Ficam atrelados a quem sabe mais, pensam
eles.
Já falei com neurologistas,
psiquiatras e outros que não aceitam novas opiniões e como zumbis batem o pé,
te tratando como, retardado, louco, ignorante e fantasioso. Burros é o que são,
mas pensam serem deuses e não procuram novos rumos em sua profissão,
principalmente os relacionados com a mente.
Quando pequeno ouvi uma voz conhecida
dentro de casa, virei a cabeça em
direção à porta do quarto e vi meu pai de culotes verde oliva e camisa de
física branca do Exército que chegou à porta e juntamente com ele um senhor que
jamais havia visto. Era um homem cor morena, cabelos crespos, castanhos claros,
bigodes finos e aparados
Pararam, riram e conversaram momento
em que o homem virou-se e não mais o vi.
Aquilo nunca saiu de minhas
lembranças e nunca falei a ninguém, porém mais de trinta anos após, estava na
casa de meus pais conversando com os dois quando me veio a lembrança aquele
pensamento e a eles contei.
Papai pensou e pensou e mamãe lhe
perguntou:
- Velho! Não foi o seu fulano? (o
nome não me lembro)
Papai concordou com ela e surpreso me
disse:
- Sim foi o seu Fulano e concluiu, não
pode ser meu filho, pois tu tinhas dias de vida e foi à única vez que ele
esteve lá em casa.
Alguns médicos inteligentíssimos dirão
que isto foi uma fantasia por mim inventada.
Das duas uma, ou eu sou um gênio
inventor para com dias de nascimento inventar essa história ou um adivinho que
consegui enganar pai e mãe. Bobagens médicas, pois isso sempre esteve presente
em minhas memórias.
Respeito e admiro a quase totalidade
dos médicos com quem tenho algum contato, entretanto fico revoltado quando
alguma inteligência contesta ou faz gracejo com isso. Obvio que são aquele que
se acham superiores a tudo, que se consideram deuses, que não admitem que
alguém possa contestá-los.
Óbvio que na hora fico com vontade de
dizer que realmente diploma não encurta orelha de ninguém, mas por educação
controlo meu asco.
Tenho dezenas de lembranças que
comigo aconteceram antes de meus três anos, mas os inteligentes dizem que a
criança só guarda lembranças a partir desta idade ou ficam fantasiando.