Conhecer superficialmente um
Pelotense é fácil, basta perguntar:
- De
onde és?
Ou como ainda acontece,
inquirir o vivente olhando de cima:
- A
que família pertences?
Porém ser Pelotense requer
alguns atributos únicos.
Ser Pelotense é ter um dia
andado nos Autos Bons da Ligth, nos ônibus da STUR, ou ter utilizado os carros
de praça, principalmente do dez-dez, da Praça dos Enforcados, onde o Jari,
centro avante do Esporte Clube Pelotas,
era um dos motorista de aluguel.
Ser Pelotense é ter usado
calça ou pulôver com rim-rim, e desfilado com uma linda gravata comprada nas
Casas Paris-Londres para poder entrar no cinema, mesmo que fosse lá no Cine
Esmeralda, no Areal, usado polainas e chapéu da Fábrica de “Chapeos” Pelotense,
onde meu pai antes de ser militar trabalhou alguns meses e vestido um traje de
casimira inglesa ou tecidos da Fiateci - Cia de Fiação e Tecidos Pelotense.
Ser Pelotense não é só ter
comprado na Velocino Torres, e sim ter conhecido o Sr. Florindo Miranda,
proprietário, o Sr. Antônio Magalhães, o gerente e os Srs. Manoel Valente e
Osvaldo, ambos funcionário
administrativos, lembrando que o Sr. Manoel acabou associado da loja.
Ser Pelotense é ter um dia
feito um lanche no Ao Barquinho, e bem mais modernamente na Taperinha ou ido
para o Gato Preto, usando, se fosse menina um vestido de petit-pois e um
corpinho comprado na Casa das Sedas e se fosse um rapaz uma calça de Brim
Coringa e uma camisa Volta ao Mundo e sapatos da Casa Hercílio.
Ser Pelotense além de comer
docinhos do Beróla era comer “quéque” em plena praça central, assistindo o colombiano Celimo Montez Zuloaga, pedalando, dia e noite sua bicicleta sem parar por mais de 100 horas.
Ser Pelotense é ter marcado
um encontro na esquina da Bule Monstro ou ter frequentado o “A Vienense”, onde
se era atendido pelo próprio proprietário chamado Pedro. O gentil e sério Seu
Pedro, a única pessoa que vi tomando a sopa logo após de ter fartamente
jantado.
Ser Pelotense é ter comprado
medicamentos na Pharmácia Coelho da Costa, tomado Kautzeína, produzidas pela Farmácia Kautz para a dor de
cabeça, ou para se refrescar bebido uma gasosa da Telma, que tinha sua fábrica ali na Várzea ou mesmo ter uma vez
na vida entrado na Casa Rosa, na esquina do Canalete com a Andrade.
E é inegável que para ser
Pelotense deveria ter usado um cabungo, utilizado um mosqueiro, bebido água da
quartinha, escutado em uma galena sintonizada na PRC-3, o Paulo Corrêa comentando
um jogo do Bancário, ou mesmo seu concorrente Luís Carlos Martins da PRH-4.
Ser Pelotense é ter passeado
pela Pracinha do Porto e admirado o Gasômetro, passeado pela calçada do Anglo e
visitado o Club de Regatas junto ao movimentado porto, ou ter participado de um
convescote com os colegas do ginásio na Cascata ou na Z-3.
Parque Souza Soares
Ser realmente um Pelotense é ter assistido na Vila do Prado os ingleses, em suas roupas brancas jogando Golf, passado antes no Bar Tabajara, na Daltro Filho para comprar roupa-velha ou bolinho saúde e depois passeado pelo fleumático Parque José Alvares de Souza Soares vendo os ricos passear em suas Cabriolets, Faytons ou Traquitanas, ou uns mais privilegiados passeando em seus Ford’s de Bigode.
Ser realmente um Pelotense é ter assistido na Vila do Prado os ingleses, em suas roupas brancas jogando Golf, passado antes no Bar Tabajara, na Daltro Filho para comprar roupa-velha ou bolinho saúde e depois passeado pelo fleumático Parque José Alvares de Souza Soares vendo os ricos passear em suas Cabriolets, Faytons ou Traquitanas, ou uns mais privilegiados passeando em seus Ford’s de Bigode.
Ser Pelotense mais, do que
qualquer outro é ter saboreado uma Cerveja Haertel, ou Mário Sacco, e para
esnobar os mais novos ter bebido Cerveja Porco ou Peru, também da Haertel,
saída diretamente do engradado de madeira e para refrescar pedido ao garçom um
pedra de gelo que era posta direta no copo.
Ser Pelotense é ter comprado
long-play no Bazar Edson e ter sido atendido pelo gordo e simpático Sr. Armando, e bilhetes de loterias
no Índio da Sorte, usado para acabar com a caspa o escuro sabão Sarnartil da
Leivas Leite, ou entrado, ainda na madrugada na Bicha da Sudeste, ali na
Tiradentes para comprar carne.
Pai e Mãe.
1963. Fotografados pelo tradicional retratista da Rua
Andrade Neves e ao fundo a histórica Loja Velocino Torres.
Andrade Neves e ao fundo a histórica Loja Velocino Torres.
Ser Pelotense é ter sido fotografado pelo menos uma vez na vida pelo tradicional retratista que ficava ali na Andrade Neves retratando quem passasse, sendo que meu pai e minha mãe foram ao longo de muitos anos retratados diversas vezes.
Mozart Passos, quanta saudade.
Ou, para ser Pelotense, ter procurado o Foto Passos, para ter
fotos 3X4, aniversários, casamentos, batizados ou fotocópias de documentos,
cujo seu proprietário era o saudoso e divertido Mozart Passos que mantinha seu
atelier na Argolo nº 315, entre a 15 e a Andrade e que antes de se estabelecer
em Pelotas como fotógrafo, fora professor em Cruz das Almas e Açoita Cavalo,
casado com a doce, meiga e saudosa Dona Licínia, para os íntimos Lili
O grande e humanitário Médico Francisco Ribeiro da Silva.
Doutor Chico Louco.
Doutor Chico Louco.
Ser Pelotense é ter pelo menos
uma vez na vida sido atendido pelo Doutor Chico Louco ou pelo Doutor
Ferrerinha, aberto a boca para o Hélio Guerra que era dentista, ou comprado um livro na Livraria Echenique, ou ter visto o
Dirigivel Zeppelin ou as carruagens da Casa de Pompas Fúnebres Constantino
Ribeiro e Filhos.
E para alegrar, ser
Pelotense é ter um dia brincado nas Festas Burlescas, saindo no Jacaré do
Fragata, na Girafa da Cerquinha, no Espia Só, no Fica Aí, e se fosse “reculuta”
no Aguenta se Puder.
Ser Pelotense é ter recebido
em casa uma bela Frigidaire comprada na Casa do Agricultor e entregue em um carroção
puxado por belos percherons ou conhecido alguém que teve uma conta no Banco
Pelotense.
Charles Bronson no filme Montanhas Ardentes
Ser Pelotense é ter ficado impressionado com a travessia dos Zugspitz Artistens grupo de acrobatas, que atravessaram sobre um cabo de aço
do topo do Edifício Del Grande ao Rex Hotel, num ir e vir sufocante, extasiando
as milhares de pessoas que iam assistir suas performances e ficando com os
pescoços doídos de tanto olhar para cima e a cada passo nas alturas o povo
maravilhado deixava escapar um Ahhh de nervosíssimo
.
Ser Pelotense é ter visto os escombros do Cine Fragata, cujo
salão de espetáculos era todo feito em madeira, desabou em uma manhã, domingo
de Natal do ano de 1954 pouco antes de abrir as portas para a cessão das 10
horas, restando em pé, apenas às bilheterias e o hall de entrada que eram de
alvenaria, mas meses antes ter assistido nesse histórico cinema o belo filme
Montanhas Ardentes com Richard Widmark , Jefrey Hunter, Richard Boone e o jovem,
ainda sem muita expressão Charles Buchinsky, que apenas nesse ano passou a
assinar-se “Bronson”.
Charles Bronson no filme Montanhas Ardentes
Ser Pelotense é ter
utilizado para iluminar as noites escuras as Velas Lang ou lampiões a querosene
Jacaré comprado no Posto de Gasolina do Bubi e participado de Jogos de Snooker
no Club Dragagem cujo zelador era o Sr. Walter, conhecido como Baixinho e no verão ter tomado uma doce
raspadinha na “cidade” ou um belo picolé feito pelo Oliveira dono do Bar Flor de
Maio, ou passado no Armazém de Secos e Molhados do Sr. José Pederzolli Sobrinho e de Dona Celda,
pais da Zuleika, para comprar sorvete quente, Embaré, quebra-queixo e bulitas para, com os mandinhos da rua
jogar gaia.
Bar Flor de Maio, por nós conhecido como o Bar do Oliveira. Foto gentilmente cedida
pelo Senhor Avelino, filho de Oliveira.
pelo Senhor Avelino, filho de Oliveira.
Ser Pelotense é ter usado os serviços da Companhia de Melhoramentos Telefônicos e Resistência, ter sido vacinado pelo Seu Osório do Centro de Saúde onde também trabalhava a Dona Marina Barbosa da Silva, mãe do José Luís, do Rui e do João, ter conhecido o negro Rapadura, muitas vezes contando as lajotas das calçadas e o gordo negrão Feijão Azedo, puxando sua carriola, ou comprado laranja por cento do Roda Baixa.
Ser Pelotense e ter
conhecido, mesmo que de longe, muito longe o Zé Amaro, o feio Judite, o gordo Milóca ou o
fera Alfredinho, que acabou sendo assassinado, espetado por um estilete de abrir envelopes.
Ser Pelotense é ter
participado da UPES, estudado no Sales Goulart ou Dom João Braga e ter sido
aluno do Professor João Carpena, do Zé Olavo, da Heloisa e do Salada no Gonzaga e
ter lido o “Opinião Pública”.
Ser Pelotense é viver o
momento sem esquecer o passado, passado rico e pomposo, que com o tempo, para
muitos, caiu no esquecimento, mas os teimosos gostam de mantê-lo aceso. Aceso
como o incêndio do Mercado, aonde, para acabar com os saques que estavam
ocorrendo e a polícia não dava conta, o Coronel Antônio da Fonseca Sobrinho,
comandante do 9º RI, mandou uma companhia do Exército que estava em prontidão e
armada até os dentes, acabar com a balburdia, o que foi feito num instante,
pois bastou a milicada descer dos caminhões que o povaréu desapareceu das ruas,
permitindo assim aos valorosos bombeiros trabalharem em seu árduo ofício sem
problemas.
Enfim, ser Pelotense é ser
esnobe, chique e fleumático, mesmo sendo um pé-rapado.
Pior. Ser Pelotense é ter a
petulância, a ousadia, e a extrema coragem como eu tive de jogar xadrez com o “Mequinho”, o mestre dos mestres.
Bah meu! Não deu nem pra
saída.
Foi vergonhoso.
E depois desta...
FUI. (vermelho de vergonha, mas ousado e petulante).
OBS: Muitas coisas poderia ter colocado a mais neste relato saudosista, porém ficaria grande de mais e cansativo, porém quero enfatizar o prazer em ter feito duas correções em cor laranja no texto,(Casa do Agricultor e Resistência) duas correções sabiamente feitas pela atilada leitora SILVIA KING JECK, a quem agradeço merecidamente.
OBS: Muitas coisas poderia ter colocado a mais neste relato saudosista, porém ficaria grande de mais e cansativo, porém quero enfatizar o prazer em ter feito duas correções em cor laranja no texto,(Casa do Agricultor e Resistência) duas correções sabiamente feitas pela atilada leitora SILVIA KING JECK, a quem agradeço merecidamente.
Muito bom texto. Lembro de pouca coisa, mais a pouca já dá um saudade danada. Tua receita de arroz com pêssego me fez lembrar até do cheirinho quando minha mãe fazia. Hoje morando em Brasília só me resta arroz com pequi rsrsrs...que não chega nem sós pés da culinária gaúcha. Adorei teu blog. Parabéns!
ResponderExcluirOlá Lygiah, que imenso prazer tê-la visitando meu blogue.
ResponderExcluirFico mui contente quando deixam um comentário, par isto tenho este blogue, para que seja lido, elogiado ou criticado, mas o importante e ter participado.
Quanto ao arroz com pêssego é realmente uma delícia, e de quando em vez me atrevo a fazer, mas não chega nem perto do arroz que mamãe fazia.
Com respeito e carinho, um grande abraço.
sou até que meio novinho pelo tudo que contas aí, mas algumas coisas conheci!
ResponderExcluirCaríssimo José Inácio.
ResponderExcluirSempre um privilégio tê-lo em meu blogue.
Indico para tua leitura a matéria com o título "Cabungueiros e Seus Cabungos", vais viajar no tempo, já foi até assunto de trabalhado em uma faculdade.
Faço muitas viagens no tempo, tentando resgatar a história, para que a mesma não se perca, como por exemplo o "Crime da Ponte e O Homem Errado I e II"
Um grande e fraterno abraço.
Continue comentando, pois é isto que me dá ânimo de escrever.
Sou pelotense, de origem britânica, nascido na Bairro Fragata e Etepeano. Gostei do queque, bolo inglês citado no histórico acima. Isto lembra os meus tempos de Cine Avenida na Avenida Bento Gonçalves, onde entre as sessões de filmes estrangeiros, tipo Westerns com Roy Rogers,John Wayne, Audie Murphy e outros e nacionais com astros famosos como Zé Trindade e Grande Otelo, eu e os colegas íamos fazer um lanche no bar bem do ladinho daquele cinema famoso. O nosso lanche era queque com refrigerante. INCRÍVEL AQUELE TEMPO. Puxa, lembrei que em 1953 andei nos maravilhosos Bondes ingleses em Pelotas, ali na linha do Fragata. Meu e-mail: oscarwother@live.com
ResponderExcluirCaríssimo Oscar, conterrâneo do Fragata.
ExcluirFoi para mim uma verdadeira injeção de ânimo o teu comentário, o qual estou respondendo com o coração estreleiro, viajando em coisas boas de uma época gentil, educada e que nos traz muitas saudades. Saudades que sempre estão presentes em meus pensamentos, mesmo estando há décadas fora de Pelotas. Os anos 50 e 60, foram anos que marcaram muito minha vida, foram anos que ainda se respirava em Pelotas as boas expectativas de uma cidade cosmopolita, que unia em fraternidade, portugueses, espanhóis, franceses, ingleses, alemães (pomeranos), negros, índios e gaúchos, além é óbvio de uma centena de outras raças e culturas que faziam de Pelotas um pedaço do mundo, um caldo de culturas belo e inigualável.
Ah Pelotas! Pelotas que dispunha de um grande manancial econômico, das célebres cervejarias, dos matadouros, das grandes fábricas de conservas e compotas e de uma cultura embriagante, que servia de modelo para todo o Brasil.
Não sabes o quanto teu comentário me encheu de alegria e garra para continuar, mesmo que, muitas vezes criticando o que vejo de ruim na minha amada terra natal, mas, sobretudo enaltecendo o brilho desta cidade que jamais se apagará, apesar do esforço que alguns políticos fazem para mantê-la fora da realidade encontrada em outros municípios.
Caríssimo leitor, um grande e fraterno abraço e um dia, quem sabe, poderemos nos encontrar na Avenida, tomar um refrigerante e comer uns "quéques".
Muita coisa eu lembro, muitas eju vi e outras ouvi falar mas trabalhei na funerária Constantino Ribeiro, muito aprendi, cpm o sr.Joaquim Ribeiro. Conheci miloca, Alfredinho, Ze Amaro e Judite, alem dos autos de praça 1010, 1616,e as lotações do abrigo do mercado central, onde tinha as chinas do mercado lideradas, pela Joana Sem calça. No momento tenho estas lembranças, mas com certeza brotarão mais idéias. Obrigado lindo blog.
ResponderExcluirOlá caro(a) leitor (a).
ExcluirFico imensamente grato pelo comentário e sei que hoje a maioria da população de Pelotas não tem a mínima ideia de quem foram essas pessoas citadas, das loja mencionadas, dos momentos que permanecem vivos em minha mente como se tivessem ocorridos neste instante. Longe se vai o tempo e para tal me propus a escrever esses fatos, para que, mesmo que caiam no esquecimento sejam fonte de conhecimento para muitos. Falando em Joana Sem Calça, me fez lembrar de outras tiazinhas que fizeram história, pelo menos para alguns, como a Juraci que tinha seu bordel na Vila do Prado nos anos 50, da Isaura Branca, da General Argolo ou Isaura Negra lá do porto. Não importando rotulagens, mas fizeram parte da história da Princesa do Sul, mesmo que muito esquecida, afinal vão-se quase 70 anos.
Um grande abraço e volte sempre.
Estou velho! Muito me diz e muito vi. Pelotas minha terra.
ResponderExcluirOlá meu caro senhor.
ExcluirFiquei extremamente emocionado com tantos comentários, que me fizeram, lhe confesso, ter os olhos cheios de lágrimas, numa mistura de alegria e emoção, pois ser pelotense é chorar de alegria.
Um grande e fraterno abraço.
Amei um "monte" de coisas em que me encontrei!!!! Mas "Ser Pelotense é ter comprado no "Aos Grandes Armazéns Herminios" ali na Quinze com Neto e mais que isso ter conversado com o "seu"Carvalho (o dono) ou com o Sr Adyr Cunha ou com o Sr Mario Orlandi (os continuadores) é ter tido o privilégio de ter sido atendida pelo Sr Manuel Pinto Tavares, o gerente (meu pai) e ter assistido muitos carnavais no " sobrado da loja" ou nas "cadeiras" que a "loja" colocava.
ResponderExcluirOlá Tavares, caríssimo conterrâneo.
ExcluirSim, muitas coisas passaram batidas no momento em que escrevia este post, porém se fosse por tudo em linhas faltaria espaço e tempo para enumerá-las. Coisa maravilhosas e nem tanto, coisa ocorridas no Carnaval e em outras eventos, porém mesmo não as colocando elas estão sempre presentes em minhas memórias como o desabamento do Cine Fragata onde toda a estrutura do salão veio abaixo no natal de 54 e ninguém ficou ferido. Bons e maus momentos carrego sempre, mas Ser Pelotense é ter uma boa memória. Abraços.
Adorei! O feijão azedo morava onde é a atual receita Federal, o Judith ficava na Marcílio Dias. Muitas vezes ia buscar água na casa da minha avó,que morava na Marcílio. Quanta lembrança Boa! Meus queridos professores,tudo isso dá saudade, mas que lembranças boas! Parabéns pelo blogue!
ResponderExcluirOlá Pelotense, caro conterrâneo.
ExcluirFaltaria espaço e tempo para escrever sobre o que vi e soube de Pelotas, como o que relatado no post deste blogue "O Crime da Ponte" publicado em 20 de fevereiro de 2012. São tanto os fatos que permanecem acesos em minha memória.
Um grande abraço.
Mesmo nâo sendo simpatizante desta cidade, ,Quando aqui chaguei Ainda tinha muitas desta coisas mencionada..Me apaixonei hoje tenho orgulho de ser realmente uma pelotense
ExcluirOlá IARA BARBOZA PAIL.
ExcluirQue a saúde e paz sejam uma constante em tua vida.
Nada me surpreendeu essa apatia da cidade num primeiro momento, pois sei que a maioria das pessoas que vão pela primeira vez a Pelotas tem esse sentimento, não gostam, acham a cidade triste e feia. Conheço dezenas ou centena de pessoas que tem essa aversão inicial por Pelotas, porém com o tempo começam a ter um sentimento diferente, pois apesar de muitas coisas, a começar pela umidade, casas geminadas que evitam a aeração, casa sem jardins o que torna a cidade melancólica, começa o morador a se sentir confortável nesta cidade. Há também de se por na balança o peso de más administrações e o grande peso de ser Pelotas uma cidade praticamente sem indústria de peso, pois apesar de ser a terceira maior cidade do Estado aparece somente em 8º na arrecadação, perdendo para cidade menores como Novo Hamburgo, Passo Fundo, Gravataí, Rio Grande e Canoas, que arrecada 3 vezes mais do que Pelotas e disputa o terceiro lugar em cidade mais populosa. Porém Pelotas continua sendo a Princesa do Sul, com seu passado rico e opulento, com sua história maravilhosa, cheia de belas coisas, cheia de tradições e cultura.
Respeitoso abraço.
Caro professor, senti falta de alguma citação sobre a Gruta, onde se tomava um martelinho com "ovo duro". Parabéns! Muito bom! Deus vos abençoe.
ResponderExcluirCaro professor, senti falta de alguma citação sobre a Gruta, onde se tomava um martelinho com "ovo duro". Parabéns! Muito bom! Deus vos abençoe.
ResponderExcluirOlá amigo conterrâneo.
ExcluirObviamente muitas coisas deixaram de ser citadas, e aí poderia me estender pelos bares da cidade que fizeram história como o antiquíssimo Cruz de Malta, O bar do Fábio na recém aberta "estrada" Pinheiro Machado, o Bar do Dinarte na Afonso Pena que passou por diversos proprietários como o Cavalheiro e o Tuco-Tuco e eu um mandinho desde que comecei a caminhar, pois nasci nessa rua, chamada na época de Vila do Prado até os meus 10 anos, neles eu comprava coisas que mamãe precisava, e sendo um menininho muito atilado, já, provavelmente no fim de 53 abriu a frente deste bolicho uma casa de má fama, a casa da Juraci, mas mandinho sem maldade até cumprimentava as meninas da casa.
Há sim muitas história em minhas lembrança, boas e ruins como a morte do menino Elias de 12 anos,(1953), que morava na mesma Afonso Pena e foi o funeral que participei pela primeira vez. Triste. Muito triste.
Um grande abraço.
Olá Primo, tudo bem?? Este teu assunto "Ser Pelotense" foi divulgado em nosso grupo de ex-alunos da Escola Técnica, hoje IFSul, fiquei muito orgulhoso. Abçs
ResponderExcluirOlá Primo, tudo bem por aqui.
ExcluirQue legal que este post tenha sido divulgado dentro da antiga ETP. Sinto-me honrado e gostaria de saber os nomes dessas pessoas que tão gentilmente participaram deste espaço, a todos deixo um grande abraço e muito emocionado aguardo outros.
Ser Pelotense é ir aos Correios e Telégrafos, entrar na boca (grande) para expedir um telegrama de felicitações pelo aniversário de alguém da família do vizinho ao lado de sua casa.
ResponderExcluirSer Pelotense é ir aos Correios e Telégrafos, entrar na boca (grande) para expedir um telegrama de felicitações pelo aniversário de alguém da família do vizinho ao lado de sua casa.
ResponderExcluirOlá Wilson fico extremamente emocionado com todos esses comentário. Ele me fizeram viajar mais um pouquinho no tempo e relembrar de tantas coisa que passaram por minha vida desde o meu nascimento até que por necessidades profissionais tive que me ausentar de Pelotas e mesmo nestas mais de quatro décadas as coisas estão claras em minhas memórias. Hoje faço uma viagem por ano à cidade, sou uma saudosista que gosta muito das coisas boas desta terra, porém não deixo de criticar as mazelas que ocorrem em meu "pago", pois Pelotas merece sempre mais.
ExcluirUm grande e fraterno abraço.
Gostei muitíssimo de perambular pela nossa História. Concordo que o pelotense é sui gêneros, até hoje, apesar de todas as transformações. Obrigada por esta alegria que me foi propiciada.
ResponderExcluirOlá caríssimo leitor.
ResponderExcluirComo professor de História vivo viajando pelos mais diversos cantos e escrevendo sobre tudo o que possa deixar para a posteridade. Infelizmente somos um país de poucos leitores e muitas histórias pode se perder pelas carreteiras da vida. Veja neste mesmo espaço o post "Os Cabungueiros e Seus Cabungos" de 3 de março de 2012, um relato triste, saudosista e duro de Pelotas, Anos de extremo atraso. Com o coração estreleiro, despeço-me de tão grata satisfação em ter todos comentando neste espaço, que fica sempre a disposição.
Forte e fraterno abraço.
Querido professor Pedro. Viajei no tempo contigo. Realmente muito ainda faltou mas lembraste fatos que eu até já tinha esquecido.
ResponderExcluirSó faço duas ressalvas a Telefônica se chamava Companhia Telefônica Melhoramento e Resistência, fundada por dois tios avos meus, Alberto e Manuel Gomes. E a carroça com os dois cavalos percheron era da Casa do Agricultor, na Quinze, na mesma quadra onde morei.
Quero seguir teu blog.
Abraço pelotense.
SILVIA KING JECK, alegre e feliz fiquei com tua participação ativa neste espaço e quero dizer-te que tais correções já foram feitas sem hesitar e abaixo coloque um OBS, sobre tua participação. O tempo passou e, apesar de ter uma memória prodigiosa, muitas coisas podem falhar. Em agosto de 1963 caminhava com o noivo de minha irmã mais velha, pela rua 15 e a ele perguntei o que queria dizer CMTR e ele respondeu Companhia Telefônica de Melhoramentos Retomados. Continuando em dúvida perguntei por que Retomados? E ele me contou uma rápida história sobre vendas e compras da Cia, dizendo que finalmente havia sido retomada pelo Município. E assim ficou em minha mente. Errado porém era o que ouvia de outras pessoas, inclusive. Quanto aos cavalos percherons, importados no início dos anos 20 pelo Exército para servirem de animal de tiro (tração) eram comuns e eu os vi pela primeira vez no verão de 1949 (Nov ou Dez) em frente a nossa casa, fazendo a entrega de alguma coisa que papai havia comprado e o condutor de boleia vendo minha admiração pelo animais,pois pasmo estava com o tamanhão dos bichos, pegando-me pelo meu fino bracinho fez com que eu passasse por baixo dos animais. Foi para mim um feito extraordinário, que agora escrevendo esta resposta, um nó profundo fez-se me minha garganta. Ah! Quando as coisas passam a nos deixar saudosistas e chorões é que a velhice está realmente instalado em nossos corpos, afinal de contas foram-se 73 anos de vida laboriosa. Querida Silvia, há muitas coisas neste blogue, boas e não tão boas, mas vale a pena dar uma bispada. Ficaria gratificado com futuras participações. Agradeço profundamente e desejo a ti e aos teus muita saúde de paz.
ExcluirFraterno abraço.
Silvia, meu avô era o Alberto e o Nanoel, meu tio avô. Conheço muitas destas histórias por terem sido contadas pelo meu pai e suas primas. Adoro saber tudo isso. Sinto que, hoje, não temos quase identidade. Botam abaixo as casas, esquecem quem contribui para formar a cidade, as histórias interessantes de pessias que aqui viveram e muitas outras coisas. Adorei ler este artigo
ExcluirCaríssima Silvia, que a saúde e alegria estejam sempre presentes.
ExcluirConcordo plenamente com tuas palavras “não temos quase identidade”. É o que sinto cada vez que vou à Pelotas e agora mais esparsamente, pois sempre é um choque rever minha, outrora brilhante cidade, transformada quase nessa pasmaceira que a sufoca e me sufoca. Pelotas ainda mostrava seu esplendor no fim dos anos 50, veio os 60, Quartelada, sufoco econômico, aniquilação da indústria local e me parece que tentam sufocar a história de nossa Terra, pois povo sem passado é fácil manobrar e isto vemos não só com a elite decadente e parte de uma classe média que ainda se prende a nomes de famílias hoje ignoradas. São os professores Pedro e muitos outros que viveram na fase áurea da Princesa do Sul que sabem desta decaída. Somos nós Pedros e Silvias que ainda se importam com esta cidade, que foi a mais bela e cosmopolita do Estado. Certa vez Dom Pedro perguntou: - Por que Pelotas não era a Capital do Rio Grande o Sul? Fatos como esses dão bem a dimensão do que foi Pelotas. Porém o tempo passou e um esquecimento geral tomou conta de nossa história rebaixando a cidade a um patamar nunca antes alcançado. Uma cidade empobrecida, sem elã, entusiasmo, impulso, vivacidade, quase sem brilho. Certa vez ouvi de um figurão de Pelotas que a cidade havia se transformado num dormitório de Rio Grande. Vi com o tempo esta decaída e hoje estamos numa posição econômica abaixo de cidades que eram até desconhecidas na época áurea de nossa amada cidade, que foi suplantada por Porto Alegre, Caxias do Sul, Canoas, Rio Grande, Gravataí, uma cidade que cresce a olhos vistos, pois lá reside um dos meus filhos e cada vez que vou visitá-lo uma surpresa me aguarda, novos bairros, novas avenidas, novas pontes, Passo Fundo e Novo Hamburgo e outras que em breve tomarão o seu lugar, como Triunfo, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Cachoeirinha. Fico constrangido, mas Pelotas foi aos poucos perdendo partes de seu grande espaço territorial e com tristeza vejo que muitos querem o seu quinhão às custas desta que foi uma verdadeira metrópole. A tristeza invade meu coração.
Caríssima Silvia foi um privilégio tê-la em meu espaço, até um pouco saudosista, mas temos que levantar a cabeça e buscar trazer o viço e o esplendor de nossa cidade. Mesmo longe, esta foi a cidade em que vive meus melhores momentos, momentos sempre presentes em meus pensamentos.
Muita saúde e alegria nestes tempos de pandemia e que Pelotas se transforme numa Fênix e renasça das cinzas.
Um respeitoso abraço.
Parabéns!!! Excelente texto! Já enviei pra varios pelotenses que viveram nessa época, e que estão fora de Pelotas há anos, adoraram!! Quando falas nos “queques “ lembrei com muito carinho, da minha infância, quando meu avô Heitor Mathias da Rosa tinha uma fabriqueta de queques e bolo de saúde, na rua Uruguay, próximo à XV de novembro, com certeza, eram a estes que te referias. São recordações que só quem viveu ou vive aqui tem. Abraço.
ResponderExcluirBom dia caríssima Neila Langlois dos Santos, que carrega em seu nome a origem francesa, dos antigos franceses que para Pelotas migraram. E são tantos que se perde a conta. Homens e mulheres que deixaram a França da Belle Époque e vieram para o Sul do Brasil engrandecer Pelotas, econômica e culturalmente. Fico extremamente lisonjeado com teu comentário e se mais não escrevi foi para não deixá-lo enfadonho, porém Ser Pelotense é muito mais. Lembro-me perfeitamente de minha infância, principalmente das enchentes de 1954 e 56. Nossa infância é entremeada de coisa belas e boas juntamente com coisa ruins e trágicas, lembrando que as belas e boas superam em muito as coisas ruins.Não posso afirmar que fabricava os queques tão saborosos, mas os bolinhos saúde eram a minha preferência, com aquele glacê coberto de confeitinhos coloridos, e eu fazia a festa, pois eram deliciosos. É como encerras teu amável comentário, "São recordações que só quem viveu ou vive aqui tem" Que belas recordações me assolam ao ler teu comentário e fico honradíssimo em tê-la aqui comentando.
ExcluirCom muito carinho e respeito retribuo esse abraço maravilhoso, desejando muita saúde e alegria em tua vida.
ERRATA: Leia-se "quem fabricava" e não "que fabricava"
ExcluirSou uma pelotense apaixonada por Pelotas! Adorei o texto!
ResponderExcluirOlá Lourdes.
ExcluirFico imensamente feliz que tenhas gostado do texto, foi um daqueles momentos em que nossos pensamentos fluem leves e soltos por uma época maravilhosa. Moro há mais de quarenta anos fora de Pelotas, mas quando em vez dou uma chegadadita até a Princesa do Sul, só para matar a saudades.
Saúde e alegria é o que te desejo.
Meu bairrismo está no DNA!!
ResponderExcluirOlá Lourdes.
ExcluirNossa! Que bairrismo colossal.
Saúde e paz sempre.
Texto muito bom !
ResponderExcluirMas que barbaridade !
Olá caro leitor.
ExcluirNeste dia eu estava mais inspirado do que piá torena de pilchas novas em dia de surungo e me veio à moringa uma série de "causos" passados na Princesa do Sul, que seriam dignos de nota para não caírem no esquecimento.
Um quebra costelas bem guapo e me vou campo à fora tapado de quero-quero.
Ainda não li tudo, mas o taxista do 1010 era realmente o Jari mas a posição dele não era centro avante e sim zagueiro.
ResponderExcluirOlá Amálio. Que prazer imenso.
ExcluirÉ sempre bom reviver o passado, tão distante mas presente em nossos pensamentos.
Quanto ao Jari, jamais foi jogador de zaga, era sim Centro Avante, pois a escalação do ECPelotas na época de Jari era: Joãozinho como goleiro, na zaga Getúlio e Nascimento, depois vinha Santa Maria, Brauner e Duarte (Duartão - irmão do também jogador Duartinho) lembrando que o Duartão jogou na Seleção Brasileira, representada pela Seleção do Rio Grande do Sul no campeonato Pan americano de 1956 - A linha de frente começava com Bedeu (nº7) (o primeiro negro a jogar no Pelotas, o que causou um furor racista terrível), Pacheco (º8), JARI (nº 9) (Centro Avante), Dirceu (nº10) e Deraldo (nº11). Claro que no decorrer entraram outros jogadores como o Nei Silva. Até hoje sei as escalações de cor, tanto do Pelotas, do Brasil e do Farroupilha, pois assistia os jogos, principalmente os do Torneio Início, desde a época que Caruccio era o Goleiro do Brasil, sendo depois substituído por, Suli e após pelo Uruguaio Geóvio. Uma lembrança inusitado foi no Torneiro Início de 55 ou 56, que o Juiz, se não me falha a memória, era o Catalã expulsou de campo os dois bandeirinhas e apitou sozinho o jogo. Coisas de ser Pelotense. Óbvio está que o Zagueiro Getúlio como Deraldo, ponta esquerda, eram negros, porém entraram no Pelotas anos depois de Bedeu ou Bedeuzinho como era conhecido.
Caro Amálio, um forte abraço, saúde e alegria.
Olá Professor. Acho que me enganei de Jari, pois o da minha época era outro Jari, cujo narrador da época dizia; Aparece Jari e corta. KKK, Lembro bem disso porque eu jogava de zaqueiro e sempre que cortava uma jogava, vinha isso na minha mente, devia ser os anos 60. Abraços.
ExcluirOlá meu caro Amálio,
ExcluirSempre uma honra receber-te.
O Jari, por ter um belo preparo físico atuava também pela meia esquerda, descendo e subindo, com o nº 9 na camiseta, e fazia gols também:
Nome: Jari Rodrigues da Silva
Data Nasc.: 03/05/1932
Local Nasc.: Rio Grande, RS (Papa-areia) Antiga nomenclatura KKKK.
Carreira: Rio Grande(RS) (1951).
Rio-Grandense(RS) (1952 a 1953).
Brasil – de Pelotas (RS) (1954 a 1955).
Pelotas(RS) (1956 a 1962).
Farroupilha de Pelotas(RS) (1963).
Até poderia ser o mesmo Jari, já que ele, muitas vezes auxiliava a defesa.
Quando Dirceu deixou o Pelotas, assumiu em seu lugar Nei Silva e a escalação da linha de ataque continuou a mesma, agora com Bedeu, Pacheco, Jari, Nei Silva e Deraldo. Obviamente que o futebol mudou muito nesses sessenta e tanto anos, posições foram alteradas, nomenclatura novas surgiram, pois quando era menino aprendi que o goleiro era goalkeeper e os zagueiros eram backs. Ora vejam.
Mas o importante é que o Jari nos fez curtir um bom tempo de conversa virtual, o que para mim foi uma inestimável honra. Continue a comentar é sempre um prazer tê-lo neste espaço.
Um grande abraço, como se diz na campanha "um abraço do tamanho do Rio Grande", Mas Bah!
Saúde e alegria, sempre.
Excelente, parabéns, abraços
ResponderExcluirOlá caríssimos catarinenses.
ExcluirExcelente foi ter recebido o vosso comentário, partido de um dos mais belos Estados da Federação.
Muito obrigado.
Saúde e alegria, sempre.
Então Professor Pedro parabéns por escrever esse texto tão lindo e emocionante chorei sim mas de pura emoção pq lembrei da minha querida vó q alugava as cadeiras para assistirmos o Carnaval na rua Quinze,do meu amado pai q foi chofer de praça na esquina do Mercado Central dos meus quase vinte anos trabalhando na CTMR enfim recordações ,maravilhosas da minha vida hoje moro em SC mas jamais esquecerei minha Princesa do Sul minha Pelotas querida obrigada amei seu texto um abração...
ResponderExcluirOlá menina de Pelotas.
ExcluirFiquei emocionado também em ter causado emoção em quem está longe da Princesa. Sempre quando escrevo sobre Pelotas, é claro que o saudosismo acelera meu coração, pois foi o tempo de minha infância e adolescência que tanto marcaram minha vida. Volte sempre, estarei aqui aguardando teus comentários.
Um grande abraço e que tudo corra bem em tua vida.
Paz e bem.
Prezado professor muito boa sua descrição de ser PELOTENSE. Vou colocar apenas algumas algumas lembranças que me ocorreram:
ResponderExcluirAntigo COLÉGIO PELOTENSE,na esquina da Tiradentes com Felix da Cunha,com professor Maffei do admissão, Marcant de portugues,Iruzun de geografia, o Marcola vendedor de pasteis no pátio do recreio o CONSELHO para castigo do insubordinados, o Diretor Rochedo, etc.
As matinés do Teatro 7 abril nos domingos com programa duplo de um episódio de seriado e um bang bang do Roy Roger
O Clube Comercial com suas salas de jogos, biblioteca, sala LUIS XV com moveis dourados e tapetes, corredor com cadeiras de palhas da India,enormes espelhos nas paredes do Salão de Bailes, etc
Familias tradiçionais como Simões Lopes, Assunção, Osório, Magalhães e outras
O 9 Regimento de Infantaria, onde servi em 1957
Boite da Haidê
Se me ocorrer mais alguma coisa volto
Um abraço
Olá José Carlos Stone de Oliveira.
ExcluirGratíssimo pela participação tão saudosista e com detalhes que aproveitarei neste espaço, se me permitires, pois são coisas que só enriquecem meu blogue. Lembrava sim do antigo Colégio Pelotense e também do Salles Goulart, do professor Petracco e tantos outros mestres. Clube Comercial com suas belas janelas com cortinas que ficavam acenando em dias de vento. Tantas lembranças que sempre me deixam com o coração estreleiro. Servi no 9º por vários anos e se lá estavas em 57, provavelmente tenhamos nos encontrado, pois papai era nessa época Subtenente, muitíssimo conhecido, pois desde o ano de 1936 esteve nas fileiras deste Regimento. Era nessa época o Subtenente Floribal da CPP/1, cujo comandante era o então Capitão Abud. E com ele serviam os Sargentos Brechane, Alberto, Santos, Campos e outros. Entrei no 9º em 15 de maio de 65, neste mesmo ano fui promovido e em 1971 pedi meu desligamento do Exército.
Muito fui às matinês do Sete de Abril, pois por alguns anos moramos na Álvaro Chaves e quando o meu pai passou para a Reserva, servindo no Arsenal de Guerra, voltamos a morar em Pelotas à Rua General Argolo, então fazia a via - Sete de Abril, Capitólio, Guarani, Cine Rádio Pelotense, Tabajara e Avenida. Muito tri.
Caríssimo José Carlos, volte sempre, afinal temos muitas coisas para relembrar.
Um grande abraço.
Prezado professor. Belíssimo seu texto, ainda mais para mim que sou filho do Oliveira, do Bar Flor de Maio, citado no texto. Tenho uma foto de boa qualidade da fachada do Bar, na esquina das ruas Tiradentes e Álvaro Chaves, onde vivi minha infância. Se for do seu interesse, posso disponibilizar o arquivo da foto, basta dizer-me como.
ResponderExcluirUm grande abraço.
Caro Prof. Pedro. Gostei demais do seu texto e deliciei-me com as memórias. Fiquei ainda mais feliz pois sou filho do Oliveira, dono do Bar Flôr de Maio, referido no texto. Tenho uma foto da fachada do Bar, na esquina das rua Álvaro Chaves e Tiradentes. A foto está em arquivo de boa qualidade. Se for do seu interesse, posso disponibilizar ao amigo, basta dizer-me como.
ResponderExcluirGrande abraço.
(Espero não ter duplicado o comentário, pois me atrapalhei na postagem. Desculpe)
Que emoção...
ExcluirMeu caríssimo Avelino, fiquei num misto de alegria e emoção ao receber teus comentários, pois estes me trouxeram a meus pensamentos a figura de teu pai, na época magro, cabelos negros e para mim, um menino, parecia um homem tão alto, educado e alegre. Lembranças vão surgindo lá dos anos de l956 a 1960, pois na época morava na Rua Alvaro Chaves 413, entre a Tiradentes e a General Teles e mamãe vivia dizendo: Vai ali no Oliveira e traz tal coisa. - Vai ali no Oliveira e traz isto ou aquilo... E lá ia eu e sempre que naquela esquina chegava ficava a observar que na frente do Bar de teu pai, havia outro Bar, cujo nome... não tenho certeza esqueci o nome, porém na esquina em diagonal havia uma loja, uma casa de dois andares que morava o Helmuth e na outra esquina, ou seja, em lateral ao Bar Flor de Maio havia um pequeno posto de gasolina, ao qual me refiro acima como o Posto do Bubi. Ficaria honradíssimo em receber esta foto do Bar Flor de Maio, a qual imediatamente colocarei neste post. Para tal podes usar o meu E-mail para remetê-la, que é: decastroteixeira@hotmail.com
Aguardo ansioso esta fotografia e fico mui honrado com teus comentários, os quais publiquei por tratarem-se de coisas que me remeteram a um tempo que jamais sairá de minhas lembranças. Posso te chamar de amigo? Então meu dileto amigo Avelino Oliveira, hoje o dia ficou mais iluminado e até o Sol resolveu sair de trás das nuvens. Um grande abraço, muita saúde e sem esquecer do isolamento social.
A vida nos reserva momentos ímpares e este, que me trouxe tantas lembranças, é um desses momentos especiais.
Abraços.
Caro amigo Pedro. Mais uma vez fico emocionado. A publicação da foto do nosso Bar Flor de Maio, com minha mãe e meu irmão à porta, é uma honra que jamais esquecerei. Obrigado por aceitar essa humilde contribuição. Quiçá um dia nos encontremos presencialmente para recordar nossa vida de pelotenses "da antiga". Forte abraço.
ResponderExcluirAvelino, amigo, filho de Dom Oliveira, que prazer histórico estar contigo trocando essas palavras, afinal este bar ficou gravado em minha lembrança. Bons tempo de Álvaro Chaves. Foi um tempo mágico, pois aí fui morar em 2 de janeiro de 1956 quando papai foi promovido a subtenente do Exército, lembrando que o primeiro amigo que fiz nesta rua foi o João Barbosa da Silva, que morava na 412,hoje morando em Viamão, morava ele bem ao lado do bar, na calçada oposta, filho de Seu Luís e Dona Marina. Hoje faço uma viagem ao passado e com certeza foi uma das melhores fases de minha vida. Um abraço do tamanho do Brasil a tão grato e cordial amigo Avelino Oliveira. Volte sempre, o blogue fica a tua disposição.
ExcluirUm abraço. Assim que for a Pelotas terei um imenso prazer em contigo conversar.
Dos meus 64 anos, primeiros 27 vividos em Pelotas, pude relembrar muitas passagens e muitas referências citadas nessa dissertação. Morávamos na zona do Porto, é muita gasosa comprávamos na Dona Telma, muitos sorvetes do Mariland. É incrível esse relato, um mergulho no tempo. Parabéns por ter tido essa brilhante idéia.
ResponderExcluirDos meus 64 anos, primeiros 27 vividos em Pelotas, pude relembrar muitas passagens e muitas referências citadas nessa dissertação. Morávamos na zona do Porto, é muita gasosa comprávamos na Dona Telma, muitos sorvetes do Mariland. É incrível esse relato, um mergulho no tempo. Parabéns por ter tido essa brilhante idéia.
ResponderExcluirOlá caríssimo José Luiz.
ExcluirPrazer imenso.
Muito obrigado pela visita e comentário, Muitas outras coisas poderia ter postado neste post, pois felizmente tenho uma incrível memória. Dos jogos de "bulita" no Fragata, aos passeios no Parque Souza Soares, que me encantou a primeira vez que papai nos levou para conhecer as instalações e eu com dois aninhos lembro-me de um grande salão de ginástica com alguns aparelhos, onde alguns "atletas" faziam exercícios. Tudo acabou, porém ficaram gravados na memória. Pelotas foi uma grande escola de vida. As coisas mudaram, mas não mudaram nossas lembranças. Um grande abraço e muita saúde e alegria.
ResponderExcluir
São poucas coisas que não peguei
ResponderExcluirMuito boa essas lembranças
Olá caro leitor.
ExcluirFico imensamente feliz com tua visita e muitas outra coisas poderia ter relembrado neste post porém, mesmo aos 75 anos, tenho excelente memória e talvez outro post venha fazer. Um grande abraço e muita saúde e alegria.
Estou maravilhada com tantas perolas que o senhor relembrou. Adorei. Claro que existem mais lembrancas lindas de nossa Pelotas. Tais como a Casa das Meias, as Lojas Brasileiras, uma chapelaria que existia ao lado da Farmacia Khautz, a chegada do Papai Noel nas Lojas Mazza, a inauguracao das escadas rolantes do Mazza nna galeria central que nos chamavamos de "shopping" e tantas outras belezas e alegrias da epoca. Muitas dessas coisas citadas pelo senhor eu nao lembro, tenho 67 anos, mas adorei conhece-las atraves de suas memorias.obrigada e abraco. Continue a nos enriquecer com elas.
ResponderExcluirCaríssima Leitora.
ExcluirComo me sinto gratificado com as boas lembranças que proporcionei a meus caros leitores. Já estou há 50 anos fora de Pelotas, mas a visito seguidamente. Algumas coisas que relembraste, como as escadas rolantes, provavelmente já havia saído da Princesa do Sul, mas é muito bom não só relembrar e aos 75 anos ficamos mais saudosistas. Sim, muita coisas poderia ter incluído neste post, como as Lojas Mazza, casa das Meias, A Principal, Cine teatro Guarani (y) Mercado Público, Casas Procópio e suas Botinadas e o boneco Procopinho, sem falar nos momentos tão bonitos das Bandas Marciais do Colégio Gonzaga, do Pelotense, ETP, e demais escolas, principalmente dos colégios que estudei, São Pedro, Félix da Cunha, Dom João Braga e Gonzaga. Coisas lindas de minha meninice e juventude. Um grande abraço e que a saúde e a alegria sejam tuas companheiras nesta viagem que é a vida. Cuide-se nesta pandemia, cuide-se sempre.
Saudações.
Da nossa geração: Anglo, Dragagem, Regatas Pelotense, Samrig, Lorea, Porto, Alfândega, Bile Monstro, Bromberg, Theatro Apolo e Casa do Arado.
ResponderExcluirOlá meu caro leitor, agora fiquei com o coração disparado, pois encontrar estas lembranças me levou ao meu tempo de menino e meus pensamentos deram uma volta neste mundo maravilhoso. Vejas bem várias vezes estive em Pelotas e não encontrei o Bule Monstro. Resolvi procurar e pela Internet fiquei sabendo que o Bule histórico estava jogado em um depósito. Uma pena, pois poderiam ter feito um monumento e resgatar esta etapa importante de Pelotas. Lamento. Tentarei entrar em contato com a Prefeitura e dar esta sugestão. Há espaço e não sai caro restaurá-lo, muitas vezes entrava na vontade política. Mas poderemos tentar. Um grande abraço e muito obrigado por este momento.
ExcluirLembranças,emoções, Sou pelotense nascido em 1939 no Morro Redondo, então 5º distrito de Pelotas, andei de bonde, comprei lanche na Gaspar (lingua de sogra, quéque) para o lanche do Gonzaga e via o carroção da Casa do Agricultor com os 2 cavalos Percheron, enfim, muitas das citações foram vivenciadas por mim. É gratificante relembrar o passado e, até hoje, quando a Celi (minha esposa) vai ao centro, me telefone para buscá-la em frente à "A Principal", que ficava na esquina da Praça com a Floriano. Muito obrigado ! José Henrique Schaun (Posto Bubi)
ResponderExcluirHerr Schaun, caríssimo leitor.
ExcluirFiquei mui feliz com o vosso comentário, pois viajar no tempo nos rejuvenesce com as boas lembranças, como agora relembrar da Confeitaria Gaspar, que poderia ter sido citada, mas são tantas coisa que guardamos na lembrança que precisaria escrever um livro. Eu presenciei e guardei estas lembranças pois minha adolescência e juventude passei nesta Princesa do Sul, nascido no Fragata e muito me apraz lembrar. Honrado com vosso comentário e lembranças desejo com muito respeito ao caro conterrâneo muita saúde e alegra extensivo ao vossa esposa, dona Celi.
Caríssimo Senhor José Henrique Schaun, um fraterno abraço.
PS: também estudei no Gonzaga, o querido Galinha Gorda.
...maravilhoso reviver nossa cidade. Obrigada Professor Pedro.
ResponderExcluirOlá caríssimo(a)
ExcluirReviver e compartilhar minhas lembranças me deixam muito feliz. Um grande abraço e muita saúde.
Prezado prof. Pedro Texeira
ExcluirGoataria de saber sua idade, para ver se fui seu conteporanio
Prof, Texeira gosto muito de seus comentarios sobre Pelotas e Pelotenses
Excluirbre
Olá caro Zé Stone. respondendo ao questionamento do prezado leitor informo que nasci no ano de 1946, portanto agora em 11 de março próximo estou completando 77 anos.
ExcluirUm grande abraço.
ZÉ STONE, pelo que me parece és de descendência inglesa, já que tal família consta na relação de Pelotenses oriundos da Inglaterra. Caríssimo nasci no Fragata, à rua Afonso Pena, em 1956 mudei-me para a Álvaro Chaves 413, permanecendo até 1960 quando meu pai foi Transferido para o Arsenal de Guerra em General Câmara. Em 1962, voltamos a morar em Pelotas, à rua General Argolo 325. Em 1965 entrei no Exército onde fiquei como Cabo por quase 6 anos, sendo nessa época o datilógrafo do Boletim, pedi minha exclusão em 1971, mudando-me para Porto Alegre. Um grande abraço caríssimo Zé Stone.
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